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Cáritas Diocesana de Paracatu fortalece Economia Popular Solidária

Áreas de Atuação

Projeto de fomento à geração de renda e empreendedorismo solidário ganha força na região Noroeste de Minas.

Publicação: 18/09/2023


A Cáritas Diocesana de Paracatu assinou o termo de fomento com o Estado de Minas Gerais, por intermédio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDESE), para apoio à Economia Popular Solidária.

Resultado de emenda parlamentar apresentada pela deputada estadual Leninha (PT/MG), o convênio nº 1481000890/2023 tem como objetivo promover o fomento à geração de renda e empreendedorismo da Economia Popular Solidária (EPS) na região Noroeste de Minas Gerais, com ações voltadas para a articulação e comunicação entre os grupos de EPS, assim como serviços de assessoria e consultoria, visando o apoio à organização destes grupos. Para tanto, será destinado através do Tesouro do Estado um recurso financeiro no valor de R$99.880,00 para a execução do projeto.

A importância do projeto se dá pela necessidade de fortalecer o protagonismo dos produtores e resgatar a relação das comunidades com seus saberes tradicionais, como pontua Ésio Mendes Nascimento, agente da Cáritas Diocesana de Paracatu: “O público dos empreendimentos econômicos solidários geralmente é composto por mulheres pobres com baixa qualificação, mães chefes de família com idades bem variadas e com filhos ou netos ainda pequenos. Neste sentido, as ações formativas previstas, além de resgatar práticas educativas dos saberes tradicionais locais e da cultura popular, reafirmarão os princípios e valores da Economia Popular Solidária, sua dimensão social, política, a importância na participação no Fórum de EPS, bem como nos conselhos municipais e estaduais, enquanto ferramentas de participação cidadã e luta por políticas públicas emancipatórias”.

O projeto está situado na região noroeste do estado, pois, segundo Tânia Martins Santana, presidenta da Cáritas Diocesana de Paracatu, se trata de uma região rica em atividade agrícola e, em contrapartida, constantemente ameaçada pela desigualdade social provocada pelas ameaças do agronegócio. O investimento na Economia Popular Solidária se apresenta então como uma alternativa de enfrentamento ao modelo agrícola predatório. “Temos uma sociedade individualista. A economia solidária, nesse sentido, irá contribuir para o fortalecimento de laços nas comunidades, valorizando o princípio da solidariedade e cooperação. Temos grupos de agricultura familiar, cooperativas de pequenos produtores, cooperativas de reciclagem que precisam ser fortalecidas e melhor organizadas, acreditamos que este projeto terá um papel muito importante neste fortalecimento”, reforça Tânia.

O referido termo foi assinado no dia 14 de julho de 2023 e tem vigência de um ano.

Por Joice Valverde, da Cáritas Regional Minas Gerais, e Liliane Souza Marinho Ribeiro, da Cáritas Diocesana de Paracatu.

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