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Entrevista com novo secretário regional da Cáritas Minas Gerais

Institucional

Conversamos com Samuel da Silva para saber mais sobre sua história e quais os próximos passos da Cáritas Regional Minas.

Publicação: 31/01/2022


Samuel da Silva é natural do Crato, região do Cariri, no Ceará. Cursou Administração de Empresas Públicas e Privadas na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, mas há 24 anos se mudou para Minas Gerais e fincou raízes em terras mineiras. Na época, ele veio ser seminarista e estudar Filosofia na Congregação do Imaculado Coração de Maria (CICM), em Belo Horizonte. 

De lá pra cá, conheceu muitas regiões do estado, tendo morado por 6 anos no Vale do Jequitinhonha. Samuel tem um filho de 14 anos, é agente Cáritas há 22 anos, tendo atuado em entidades membros, na Cáritas Brasileira e no Regional Minas. Na última Assembleia Regional da Cáritas Minas, em novembro de 2021, foi eleito o novo secretário regional da rede Cáritas mineira. Conversamos com Samuel para saber um pouco mais da sua história e quais os próximos passos dará como secretário regional.


Samuel da Silva é o novo secretário regional da rede Cáritas mineira, eleito na XXI Assembleia Regional da Cáritas Minas Gerais, em novembro de 2021.

Conte um pouco sobre sua história: como você conheceu a Cáritas e quais os primeiros contatos com a instituição?

A minha história com a Cáritas começa em 1998, quando, em viagem para minha terra natal lá no Crato (CE), ouvi um programa de rádio chamado “Nossos Caminhos se Encontram”, produzido pela Cáritas Diocesana do Crato e veiculado na rádio da diocese, a querida Rádio Educadora do Cariri. Lembro que no outro dia fui à sede da Cáritas e, pelo tempo que estive por lá, realizei um trabalho voluntário. Voltando a Minas Gerais, procurei o Regional da Cáritas e, em setembro de 1999, comecei a trabalhar na instituição em um projeto com jovens da periferia de Belo Horizonte em situação de risco social. De lá pra cá foram vários projetos, ações, vivências e convivências, trocas e muitos aprendizados.

Você atuou muitos anos na Cáritas Diocesana de Almenara (MG). Qual a contribuição que a atuação em uma entidade membro da Cáritas para seu olhar hoje para a rede?

Eu atuei na Cáritas Diocesana de Almenara de 2004 a 2010, em projetos de assessoria às comunidades rurais, economia popular solidária, na comunicação com o jornal “Fique de Olho” e no programa “Vozes da Terra”, na rádio Santa Cruz. As Cáritas diocesanas são extremamente importantes porque é lá que a ação acontece, onde ficamos mais perto do povo de Deus, dia a dia, temos contato próximo com a diocese, com o bispo, o clero e demais pastorais sociais. É onde a rede se torna ação, presença carinhosa e caritativa da Igreja junto àquelas e àqueles que são os preferidos de Deus.

Como secretário do Regional Minas Gerais quais serão os maiores desafios que você acredita que tem pela frente?

De fato estamos em uma conjuntura bastante desafiante, não só pela pandemia, que já nos levou mais de 6oo mil irmãs e irmãos só no Brasil, mas também por uma prolongada crise política, econômica e social. Como nos fala o Evangelho do Bom Samaritano, essa crise vai deixando muitos caídos pelo caminho e se faz urgente e necessário a presença da Cáritas, contribuindo para a defesa e promoção de todas as formas de vida, rumo à construção da sociedade do Bem viver, como nos guia a nossa missão institucional. Este cenário, ao mesmo tempo que nos pede uma presença forte e próxima da Cáritas, também nos exige, enquanto rede, pensarmos nossa sustentabilidade, nossa gestão, nosso cuidado institucional para a busca e a construção de parcerias para juntos enfrentarmos e superarmos essa realidade.

E quais contribuições você espera fazer para a rede Cáritas em sua gestão?

Continuaremos uma gestão colegiada, compartilhada, mantendo sempre a horizontalidade das reflexões, discussões coletivas para entendimentos dos problemas e buscas de saídas de forma participativa. Espero continuar conduzindo o secretariado regional da Cáritas Minas Gerais no sentido do fortalecimento da rede para a resposta aos sinais que o tempo nos apresenta e, de fato, possamos ser uma rede que promova o projeto de Deus, no qual todos tenham vida.

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