COLABORE

Mais de 50 organizações assinam nota em defesa da Cáritas MG|ATI Mariana

Áreas de Atuação

Suspensão das atividades por falta de recursos ameaça direito de pessoas atingidas

Publicação: 14/05/2025


Movimentos sociais, mandatos parlamentares, instituições e associações se uniram em uma nota conjunta para defender a continuidade da Assessoria Técnica Independente (ATI) em Mariana, realizada pela Cáritas MG. A articulação acontece após o comunicado de desmobilização do projeto ocorrido em 30 de abril de 2025, devido à ausência de repasse de recursos financeiros.

O documento expressa preocupação com os riscos que a descontinuidade do assessoramento técnico independente impõe ao processo de reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em 2015. As organizações exigem ações imediatas dos órgãos responsáveis para restabelecer as condições institucionais e financeiras que garantam a continuidade dos trabalhos da instituição, sem rupturas nem prejuízos às populações atingidas.

Em reforço à mobilização,o Comitê Povos Tradicionais, Meio Ambiente e Grandes Projetos da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), juntamente com o Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (GESTA/UFMG), divulgou uma nota técnica que também destaca o papel fundamental da ATI na defesa de direitos e no acompanhamento crítico do processo reparatório.

A Cáritas MG|ATI Mariana, desde 2016, tem sido essencial para assegurar a participação informada das famílias no processo de reparação. Sua interrupção representa um grave retrocesso, especialmente em um momento de aumento das demandas relacionadas à moradia, recomposição econômica e reorganização dos territórios.

Mesmo após a homologação do novo Acordo de Repactuação, que prevê a manutenção das ATIs nos territórios atingidos, a indefinição quanto à liberação dos recursos e à formalização de contratos impede a continuidade da atuação. A situação tem sido alertada às autoridades públicas e órgãos do sistema de justiça, mas até agora não houve resposta efetiva.

A nota conjunta é um chamado à responsabilidade dos órgãos competentes e à solidariedade da sociedade civil. A reparação só será justa e efetiva com a participação protagonizada e bem informada das comunidades atingidas.


Assinam a nota conjunta: 

A Sirene

Aedas

AQUA - Associação Quadrilátero das Águas

Ariadnes

Articulação Mineira de Agroecologia

Associação Brasileira de juristas pela democracia - Núcleo Minas Gerais

Associação dos Empreendedores e Vítimas da Mineração em Maceió

CABF

Cáritas Itabira

Cáritas MG

Cáritas Valadares

CAT

Cedefes

Clínica de Direitos Humanos da UFMG

Coletivo Anticapitalista da UFOP

Coletivo Margarida Alves de Advocacia popular

Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG

Comissão Episcopal Ecologia Integral e Mineração - CNBB Regional Leste 2

Comissão Pastoral da Terra - CPT

Comissão Pastoral da Terra-CPT/MG

Conterra

Corisco

FLAMA

Fórum Permanente em Defesa da Bacia do Rio Doce

GAMBA - Grupo Ambientalista da Bahia

GEPSA - Grupo de Estudos e Pesquisas Socioambientais - UFOP

GESTA

Hybris - Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Relações de Poder, Conflitos, Socialidades (Programas de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP e da UFSCar)

Instituto Cordilheira

Instituto Guaicuy

Lampião - Jornal-laboratório / Jornalismo UFOP

Liga Colaborativa dos Povos

MAB

MAM

Mandato Beatriz Cerqueira

Mandato da Célia Xakriabá

Mandato Juntos para Servir

Mandato Leninha

Manuelzão

Minuto de Sirene

MMC - Movimento de Mulheres Camponesas

Motim

Movimento do Graal no Brasil

MST

MUVB - Associação do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem

Nacab

O Berro

Ponto

Rede Convergência pelo Clima

RENAP MG - Rede Nacional de Advogadas e Advogados populares / Minas Gerais

Rosa Fortini

Saberes do território

SBPJor

Sindicato dos Bancários de Ipatinga e Região

UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto


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