COLABORE

Cáritas Brasileira atualiza sua Política de Comunicação

Institucional

Novo texto traz a comunicação popular como base da ação Cáritas e fortalece corresponsabilidade estratégica das instâncias da Rede.

Publicação: 08/04/2024




“Minha ciranda não é minha só, ela é de todos nós, ela é de todas nós! Pra se dançar ciranda, juntamos mão com mão, formando uma roda, cantando uma canção.” A poderosa voz de Lia, mulher, negra e cirandeira, nos guia nesta melodia chamada comunicação. Essa, que é uma estratégia de gestão na Rede Cáritas, entendida como direito humano, tem objetivos, fundamentos, princípios, ações e posições que reverberam nossa trajetória e visão de futuro construídos coletivamente.

A Cáritas Brasileira é um organismo da CNBB fundado pela ação mobilizadora de Dom Helder Camara. Os verbos iniciais da nossa missão, testemunhar e anunciar, revelam a importância estratégica da ação comunicativa. Mas não de qualquer método de comunicar e sim por meio da construção solidária da sociedade do Bem Viver e junto com as pessoas em situação de vulnerabilidade e exclusão social. Todos e todas nós, agentes e pessoas atendidas, somos parte de uma rede de comunicação missionária.

Desde 1999, há ainda mais ênfase na importância da comunicação na Rede Cáritas. Em 2005, foi lançada a primeira Política Nacional de Comunicação da Cáritas Brasileira, apresentada por nosso querido José Magalhães, na época diretor executivo nacional. Nesta segunda edição, realizada através de diversos momentos de escuta e colaboração com instâncias da nossa Rede, revisamos e fortalecemos nossa jornada de ver, julgar (iluminar, discernir) e agir nos processos comunicativos. Precisamos entender novos desafios que nos cercam: as novas linguagens digitais e seus usos, a velocidade do nosso tempo, os públicos e suas bolhas, a luta contra a desinformação e qual mensagem precisa ser dita e potencializada enquanto Cáritas.

Neste sentido, reforçamos nosso compromisso em promover a comunicação popular, que tem em seu coração o mesmo pulsar da educação popular. Característica comum das duas são os processos de facilitação para o empoderamento, para a autonomia e para a emancipação das pessoas e dos coletivos que são a base da nossa ação. Reforçamos também o compromisso numa comunicação de incidência política, para disputar narrativas na esfera pública, questionar paradigmas ultrapassados e fortalecer políticas públicas sociais com e para os povos e comunidades. Reforçamos, sobretudo, que nós somos igreja, Cáritas Sinodal, que assume os valores da fraternidade social, da ecologia integral, da pastoralidade transformadora, no anúncio do Evangelho de Jesus Cristo, em saída com os/as mais vulnerabilizados/as.

Por fim, é importante enfatizar que nos tornamos corresponsáveis, em todas as instâncias, pela vida desta estratégia de comunicação na Rede Cáritas Brasileira. Viva, ela será aprimorada com o tempo. Isso só será possível se todos e todas nós nos sentirmos pertencentes ao compromisso de uma comunicação transformadora e colaborativa. Juntos e juntas, “como se fosse uma brincadeira de roda”, como dizia Gonzaguinha, “somos a semente, ato, mente e voz.”

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