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Carnaval no Centro Pop Centro Sul

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Bloco do Pop Sul anima população em situação de rua no carnaval de Belo Horizonte, nos dias 16 e 17 de fevereiro.

Publicação: 28/02/2023


Os usuários e os trabalhadores do Centro Pop Centro Sul, em Belo Horizonte, brincaram o carnaval com muita animação! No dia 16 de fevereiro, cerca de 160 pessoas participaram do carnaval do Centro Pop Centro Sul, que contou com apresentação do grupo Sai de Banda e do bloco do Centro Sul, confecção de máscaras e adereços de carnaval, concurso de rei e rainha, dança, purpurina e muita alegria. 

A folia continuou no dia 17 de fevereiro, quando o bloco do Centro Pop Centro Sul se uniu a outros blocos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) para participar de um cortejo pelas ruas centrais de Belo Horizonte, organizado pelo SEAS (Serviço Especializado em Abordagem Social) e pelo Centro Pop Miguilim.

Segundo Jéssica Lariza, coordenadora do serviço, a população em situação de rua participa do carnaval de uma forma indireta e em um lugar negativo, de quem polui visualmente a cidade e está sempre à margem. Ela explica que a proposta do carnaval do serviço é dar visibilidade para essa população para mostrar um outro lado: “estamos dizendo de pessoas que demandam não só de visibilidade dentro da assistência social, mas de visibilidade da população em geral e da cidade de Belo Horizonte”.

A coordenadora afirma que o Pop Sul conta com pessoas muito potentes  no âmbito do trabalho, mas as principais figuras  que percorrem o caminho da resistência é o público assistido. “Carnaval é alegria, diversão, união e simboliza um ato político importantíssimo para pessoas que são invisibilizadas, mas jamais invisíveis”, conclui.


Carnaval do Centro Pop Centro Sul anima usuários e trabalhadores do serviço, no dia 16 de fevereiro.

O Carnaval do Centro Sul nasceu a partir de uma proposta do serviço de construir mais proximidade com o público atendido no ano de 2023. De acordo com Jéssica, entre as metas do ano, o Centro Pop Centro Sul se propõe a se tornar um espaço cada vez mais afetivo e de proximidade com o público. “Estamos em um espaço de convivência e é recíproca a necessidade de conversar, de dizer de uma dor que estamos passando naquele momento ou de compartilhar as conquistas”, afirma.

A partir das oficinas de percussão desenvolvidas no Centro Pop Centro Sul, desde setembro do ano passado, surgiu a proposta de fazer um carnaval com os usuários. Concomitante a isso, o serviço recebeu um convite do SEAS para participar de um carnaval unificado com os serviços do SUAS. A proposta do SEAS convergiu com a do Carnaval do Centro Sul e teve início a preparação para os dois dias de folia.

Para o arte educador, Celton Oliveira, que ministra as oficinas de percussão no serviço, as atividades foram oportunidades para inclusão do público atendido pelo Centro Pop Centro Sul na festa de carnaval, que toma conta das ruas e da cidade. “Não tem sentido a gente não incluir a população em situação de rua nessa festa, falar sobre isso, trazer também o pertencimento para eles dessa atividade”, explica.


A rainha do carnaval do Centro Pop Centro Sul, Jojô Todinho, desfila com o estandarte do bloco no cortejo do dia 17 de fevereiro.

Usuária do serviço há pouco tempo, Giovana, mais conhecida como Jojô Todinho, foi eleita a rainha do carnaval do Centro Sul e desfilou a frente do cortejo, no dia 17, segurando o estandarte do bloco. Ela conta que foi uma surpresa ser escolhida, mas adorou participar: “Estou aqui sempre, em qualquer festa, qualquer curso e atividade que eles me chamarem, estou presente”.

As atividades do carnaval da Pop Rua iniciaram sua preparação em janeiro, com ensaios e confecção de adereços, envolvendo os Centros Pops, os SEAS, os CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e outros parceiros que atendem a população em situação de rua na capital mineira.

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