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Fórum Permanente em Defesa do Rio Doce lança manifesto por participação de atingidos em repactuação

Áreas de Atuação

Diversas entidades assinam o documento que será entregue a instituições de justiça, governamentais e eclesiásticas.

Publicação: 09/09/2021


O Fórum Permanente em Defesa da Bacia do Rio Doce lançou na última sexta-feira (03) manifesto sobre o processo de repactuação sobre a reparação dos danos causados após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, no ano de 2015. O documento foi elaborado a partir das discussões promovidas em uma reunião virtual, realizada em 30 de agosto, no intuito de garantir uma efetiva participação das pessoas atingidas no processo de repactuação. Ele será entregue a instituições de justiça, governamentais e eclesiásticas.

O manifesto surge como uma demanda das próprias pessoas atingidas na bacia do Médio e Alto Rio Doce. “Os acordos assinados até hoje não contaram com a participação dos atingidos e não foram cumpridos. Os atingidos estão com o mesmo receio em relação à repactuação”, comenta Wellington Azevedo, membro do Fórum. Desta forma, busca-se que as vítimas do rompimento da barragem sejam ouvidas e possam participar ativamente nos processos de decisões que podem impactar suas vidas.

A Cáritas é membro do Fórum e, em conjunto com outras entidades, é signatária do documento que traz os pontos que afligem as comunidades atingidas da Bacia do Rio Doce. “Os atingidos pediram ao Fórum que os ajudassem para que suas reivindicações e vozes chegassem mais longe, até às autoridades. Este é o objetivo do manifesto”, afirma Azevedo. É possível ler o material na íntegra clicando no link.

Sobre o Fórum

O Fórum Permanente em Defesa da Bacia do Rio Doce surge no contexto da Caravana Territorial Agroecológica, em 2016. Formado por diversos movimentos sociais, a missão do Fórum é colaborar com a melhoria da qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente, tendo em vista o protagonismo das pessoas atingidas da Bacia do Rio Doce. 

"O Fórum é aberto e funciona com plenárias convidando as entidades. Hoje, participam ativamente umas cinquenta. A motivação é unir e fortalecer as lutas individuais. O problema de uma entidade passa a ser problema de todos os que compõem o Fórum. Montar pautas conjuntas de luta como esta em favor dos atingidos", é o objetivo do Fórum, segundo Azevedo.


Legenda foto de destaque: Último encontro presencial do Fórum, antes do início da pandemia de covid- 19. 

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